Prefeitura de São Paulo confirma transmissão comunitária de variante Delta

A Prefeitura de São Paulo informou, na noite de quarta-feira (14), que ainda não conseguiu identificar a origem da transmissão da variante Delta no paciente de 45 anos que contraiu o vírus na cidade, portanto considera que ele tenha sido infectado por transmissão comunitária.

Transmissão comunitária é a incidência de casos sem vínculo a um outro caso confirmado, em uma área definida. Ou seja, quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas, independente de terem viajado ou não para o exterior e contraído o vírus lá.

“Após a investigação epidemiológica, não foi possível identificar a origem da infecção do homem de 45 anos que testou positivo para a variante delta do novo coronavírus na capital. Dessa forma, pode-se considerar a possibilidade de transmissão comunitária da variante no município”, disse o comunicado da Secretaria Municipal de Saúde da cidade.

De acordo com a secretaria, 40 pessoas no entorno do paciente na Zona Leste de São Paulo foram investigadas e testadas, mas a variante Delta não foi identificada no grupo.

Eles tiveram manifestação de sintomas leves da COVID-19, sem necessidade de internação, diz a pasta da saúde. Todos foram monitorados e cumpriram quarentena obrigatória conforma recomendações médicas.

O homem de 45 anos, primeiro portador da variante na cidade, que começou a ter sintomas em 19 de junho, não tem histórico de viagens recentes ou de contato com viajantes que estiveram em outros países, afirma a secretaria.

A Prefeitura de SP afirma que “o surgimento de mutações é um evento natural e esperado dentro do processo evolutivo dos vírus. Desde a caracterização genômica inicial do SARS-CoV-2, este vírus se dividiu em diferentes grupos genéticos. Algumas dessas mutações podem dar vantagens biológicas que facilitam a propagação dos vírus, outros podem se correlacionar com maior gravidade da doença, ocasionando grandes desafios em saúde pública”.

Monitoramento

A gestão municipal assegura que continua com o monitoramento das variantes do vírus na capital por meio de cálculo amostral por semana epidemiológica. Segundo a pasta da saúde, são colhidas cerca de 250 amostras semanais para análise no laboratório do Instituo Butantan, onde é feito sequenciamento genético do vírus.

A secretaria também afirma que fechou acordo de estudo de variantes com o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e com o Instituto Adolfo Lutz, que vigiam a cidade de São Paulo para identificar quais cepas estão circulando entre os cidadãos.

“Desde abril, foram enviadas mais de 5,5 mil amostras e somente o teste em questão se mostrou positivo para a variante delta do novo coronavírus na capital”, afirma a prefeitura.

A Prefeitura investiga a possibilidade de transmissão comunitária da variante Delta, originária na Índia, desde o início do mês de julho, quando o homem de 45 anos testou positivo para a variante, no Belenzinho, Zona Leste de SP.

“Este caso de São Paulo capital, ele é um caso autóctone, quer dizer, a pessoa não viajou, não teve contato com ninguém, e isso é o mais preocupante, quer dizer o vírus deve estar circulando já aqui na cidade”, disse Geraldo Reple do Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP).

No Brasil

A variante Delta foi identificada no Brasil há um mês e é responsável por pelo menos duas mortes no país. Ela vem se tornando a cepa dominante no mundo todo, afirma a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan.

Saiba mais sobre a variante Delta do vírus aqui.

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