Movimento do Terceiro Setor tem como propósito dar visibilidade às instituições da Região Oeste e Sudoeste de São Paulo
O Movimento Juntos Vamos Mais Longe nasceu de um incômodo de 4 moradoras de Cotia. Atuantes nas áreas social, educacional e cultural, Marise Barbosa, Luciana Alvarez, Patrícia Rigamonti e Silvana Bárbara perceberam que havia muitas organizações sociais e ambientais na Região, mas que poucos moradores e empresas conheciam e sabiam do real impacto que, juntas, elas têm na vida de milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Lançado em outubro de 2022, o Juntos Vamos Mais Longe nasce assim com o propósito de dar visibilidade às organizações do Terceiro Setor da Região Metropolitana Oeste e Sudoeste de São Paulo para que elas possam aumentar a captação de recursos financeiros e atrair mais voluntários. Já são 45 organizações que aderiram ao Movimento, que impactam cerca de 175 mil pessoas de 9 cidades, entre elas Cotia, Vargem Grande Paulista e Carapicuíba. Atuam em causas como Assistência Social, Idosos, Pessoas com Deficiência e Meio Ambiente, que podem ser conferidas em www.juntosvamosmaislonge.ong.br
“Atuamos em dois pilares de transformação. O primeiro é compartilhando informação e experiência, promovendo troca de conhecimento, de ideias e de desafios entre as instituições. Percebemos que as instituições muitas vezes estão sozinhas nas suas dúvidas e necessidades. Quando estão em um ecossistema fortalecido e do bem, veem que não estão mais sozinhas e conseguem avançar nos seus objetivos e suprir as suas carências, por meio de um ciclo não mais da escassez, mas da abundância. É lindo de ver que isso já está acontecendo na prática. Não é à toa que o nome do Movimento é ‘juntos vamos mais longe’”, conta Luciana Alvarez, uma das fundadoras do Movimento e cofundadora do Instituto Repartir.
Marise Barbosa conta que outro pilar de atuação é a escuta ativa. “Fazemos pesquisas com as instituições para entendermos os desafios das organizações e as auxiliamos a superá-los. Fizemos recentemente uma pesquisa para entender as necessidades a respeito de captação de recursos e realizamos quatro oficinas de capacitação sobre esse assunto durante o mês de março”, explica Marise Barbosa, também fundadora do Movimento e diretora das ongs Âncora e SEAE – Sociedade Ecológica Amigos do Embu.
Realizar essas oficinas é uma das ações na prática para contribuir com as organizações. Rafaela Batah Koester, da SABRAC (Associação de Moradores Ressaca e Caputera) participou de uma sobre captação de recursos. “Há desafios tão complexos que achamos que não conseguimos resolver. Mas, quando a gente vê que esses desafios também são de outras organizações e algumas já conseguiram resolver, a gente aprende. É muito enriquecedor estar no Movimento e participar dessas oficinas. Tive muitas ideias de captação de recursos para a nossa organização”, conta Rafaela.
Michele Cristina da Conceição de Jesus, da Mães e Pais que Lutam pelo Autismo, participou de 3 das 4 oficinas sobre captação de recursos. “As capacitações foram ricas de muitas informações importantes para o nosso crescimento. Os palestrantes falavam de forma clara, objetiva e de fácil entendimento para quem tinha pouco conhecimento em captação de recurso”, diz Michele.
Em abril, o Movimento promoveu outra oficina de capacitação, só que dessa vez em comunicação, uma das principais necessidades também de qualquer organização social. O parceiro Instituto Repartir, que tem como cofundadores os moradores de Cotia e jornalistas Luciana Alvarez e Emerson Couto, foi quem ministrou a oficina, levando reflexão sobre a importância de uma comunicação estratégica e a construção na prática de narrativas inspiradoras, baseadas no propósito de cada instituição.
“A comunicação é uma ferramenta muito poderosa para o desenvolvimento institucional das organizações. Foi um momento especial de troca de conhecimentos, experiências e desafios no tema”, conta Emerson.
Ainda para este semestre, Marise Barbosa conta que está previsto um encontro entre as organizações e representantes das empresas. O objetivo é que elas possam contar as suas histórias e projetos e contar com o apoio de empresários da Região, que muitas vezes não sabem como podem contribuir. “Além disso, vamos promover no segundo semestre uma capacitação em gestão, outra necessidade latente das instituições”, afirma Marise.
Uma das metas do Movimento até o fim do ano é aumentar o número de organizações. A adesão é gratuita e pode ser solicitada pelo formulário que está no site www.juntosvamosmaislonge.ong.br.
Atualmente, o Movimento conta com seis organizações apoiadoras – Brevi, Kanaan Assessoria, KSK, Line BQP, a consultora jurídica e palestrante Silvia Cursino e a Revista Tudo. “O Movimento traz muitos benefícios para as organizações, que impactam diretamente as cidades de nossa Região. É um trabalho sério e, por isso, tem o meu apoio desde o início”, finaliza Silvia.