Beth Gomes venceu, nesta segunda-feira (30), a primeira medalha de ouro de sua carreira nas Paralimpíadas. Ela é a atleta mais velha da delegação brasileira a disputar os Jogos de Tóquio – e também a mais velha entre qualquer atleta que tenha ido à uma Olimpíada. Aos 56 anos, ele é a nova campeã do lançamento de disco na classe F53.
Ela possui esclerose múltipla, doença autoimune que afeta o cérebro e medula e, de tempos em tempos, reaparece como uma crise aguda. Antiga atleta da F54, ela foi reclassificada em 2018 após mais uma dessas crises, que paralisou todo o lado esquerdo de seu corpo.
Agora na classe F53, ela vem brilhando há tempos: em 2019, consagrou-se campeã mundial no disco e Dubai e parapan-americana em Lima. Não é atoa chegou a Tóquio como grande favorita para o ouro – e conseguiu. Essa é sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos.
Depois de assistir outros oito atletas se apresentaram, Beth se preparou para competir e, logo no primeiro lançamento, de 15,68m, garantiu a medalha de ouro. Até então a liderança estava com a ucraniana Iana Lebiedieva, com 15,48m.
Já com o ouro garantido, Beth só evoluiu: fez 16,35m no segundo lançamento, 17,33 no quinto e 17,62 no sexto e último, estabelecendo um novo recorde mundial – sendo que o anterior também era dela.
A medalha de Beth foi a 99ª da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
