Reserva de emergência: você tem a sua?

Por Claudia Peano

Também chamada de “Colchão de Segurança”, é aquele dinheiro que você guarda para eventos inesperados que acarretam desequilíbrios repentinos no seu fluxo de caixa mensal.

Exemplos: pagar a franquia do seguro, tratamento dentário de emergência, necessidade de cirurgia/exame que o convênio não cobre, etc.

Este importante reservatório serve, também, para cobrir períodos de redução ou quebras nas receitas mensais, como desligamento do emprego ou, muito comum no caso de microempresários, uma oscilação nas vendas da sua empresa.

As contas e boletos não vão esperar você se recompor de situações como essas para serem pagos. Então, a fim de evitar que em casos assim você recorra ao cheque especial ou deixe de pagar contas e cartões nos respectivos vencimentos, incorrendo em multas e juros altíssimos, é que entra em campo a “reserva de emergência”, item importantíssimo do seu planejamento financeiro pessoal.

Como calcular

Recomenda-se que você tenha nessa reserva o equivalente a 3 a 12 meses do total dos custos fixos mensais. Para um cálculo mais preciso, você deve, claro, saber o total de despesas fixas e estimar valores para eventos como esses.

Além disso, pesa nessa conta quantos meses de poupança mensal você levaria para recompor esse reservatório. Isso porque é indicado que ele se mantenha cheio a maior parte do tempo.

Onde aplicar

A reserva de emergência não precisa ficar parada embaixo do colchão, podemos colocá-la para render.

Entretanto, como se trata de um recurso destinado a atender emergências, não podemos investi-lo em algo sem liquidez. Devemos procurar aplicações nas quais se consiga fazer o resgate imediato para a sua conta.

Outro quesito importante para esse tipo de investimento é a segurança. Não vale, portanto, uma aplicação que sofra muita oscilação, ou seja, que tenha alta volatilidade, pois você não vai querer resgatar investimentos na baixa. Recomenda-se, portanto, algo conservador.

Resumindo, alguns produtos que se adequam bem para guardar sua reserva de emergência são a poupança, fundos pós-fixados de liquidez diária ou Tesouro Selic. A preocupação aqui não é rentabilidade, mas segurança e liquidez.

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