Mulheres deixam de fazer exame de câncer de mama durante a pandemia, aponta pesquisa

A atividade física traz inúmeros benefícios à saúde: previne e combate doenças, melhora a autoestima, fortalece o corpo, a saúde mental e outros ganhos. Ela também é fundamental durante o tratamento contra enfermidades, pois ajuda a aumentar a imunidade e fortalece o corpo para combater doenças. Uma delas é o câncer de mama, pauta de uma das campanhas mais divulgadas do ano, o Outubro Rosa.

Durante todo o mês, entidades se unem em prol da disseminação de informações sobre a doença, que segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) deve registrar 66.280 novos casos só em 2021 no Brasil. Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o mais comum entre mulheres do mundo todo.

Ainda com as estatísticas assustadoras, um novo levantamento, feito pela farmacêutica Pfizer e produzido pela Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), revelou que cerca de 47% das mulheres no Brasil deixaram de marcar consultas preventivas durante a pandemia.

O médico oncologista Márcio Almeida, do Grupo Oncoclínicas Brasília, aponta que o câncer de mama corresponde, atualmente, a cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. “Ele surge com frequência em mulheres a partir dos 50 anos. Mas, estima-se que 10% dos casos aconteçam antes dos 40. E mesmo sendo a minoria, as pacientes mais novas existem – e precisam de cuidados específicos”, pontua o profissional.

Márcio também ressalta que o diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de combater o câncer. Para o especialista, as campanhas de conscientização como o Abril Azul e Lilás atuam de forma efetiva sobre a população. “O intuito das campanhas é de realmente estimular a sociedade a ir ao médico, procurar por exames preventivos e mesmo com a pandemia, eles precisam ser feitos, pois são decisivos e podem ser chaves na luta contra essa doença”, relata ele.

Fatores de risco

Almeida explica que as principais causas do câncer de mama são: sedentarismo, consumo excessivo de bebida alcoólica e o cigarro. Para o especialista, muitos casos podem ser evitados com a adoção de hábitos mais saudáveis.

Para além de um corpo perfeito

Márcio pontua que a atividade física é uma importante aliada, não apenas para prevenir a incidência de diversos cânceres, mas para melhorar a qualidade de vida durante e depois do tratamento dos tumores. “O exercício é uma das poucas coisas que podemos afirmar com segurança que diminui a reincidência de câncer”, comenta. Ele acrescenta que “durante o tratamento, se o paciente for liberado pelo médico, os exercícios podem melhorar a disposição, o apetite, bem-estar e aumentar a força muscular, que é comprometida durante a quimioterapia”.

Farley Cândida, profissional de educação física da Bodytech Goiânia, aponta que o exercício promove e potencializa a produção e regulação dos hormônios, como a serotonina, adrenalina, dopamina e ocitocina – hormônios diretamente ligados às sensações de prazer e alegria. “A atividade física ajuda na sensação de bem-estar, no controle do estresse, nos níveis de estrogênios circulantes (em consequência de uma diminuição do tecido adiposo), além da redução da inflamação e melhora da sensibilidade à insulina”, destaca. “Ela também ajuda a diminuir os níveis de insulina no jejum e de IGF-1”, pondera ela.

Segundo a especialista, exercícios físicos também têm efeitos imunomodulatórios, que melhoram as respostas imunes inatas e adquiridas, além de promoverem vigilância tumoral. “Estudos ainda demonstram que exercícios aeróbicos podem reduzir o estresse oxidativo e melhorar os mecanismos de reparo do DNA, possivelmente controlando a carcinogênese”, conclui Farley.

Atenção aos sinais!

No combate ao câncer de mama, é preciso que alguns sinais sejam observados. O médico Márcio Almeida destaca que é de extrema importância ficar atento a determinadas situações:

  • Fazer autoavaliação com frequência;
  • Observar aparecimento de lesões na boca;
  • Manter uma boa higiene oral;
  • Evitar fumar;
  • Evitar ingestão de bebidas; o excesso de álcool pode causar câncer de boca, língua, garganta, câncer de fígado e câncer de pâncreas;
  • Fazer uso de preservativo durante as relações sexuais;
  • Manter uma boa higiene íntima.

Em caso de dúvidas, consulte um médico! A prevenção é, sempre, o melhor remédio.

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