Fotos: arquivo pessoal/Marcelo Sampaio
Nesse mês resolvi falar um pouco disso, do todo que encontrei em minhas andanças por esse Brasil sem fim.
Cada vez que garimpo um novo destino procuro mergulhar a fundo na cultura e estilo de vida do local e, consequente, naquilo que as pessoas locais acreditam, como elas alimentam sua autoconfiança e como se conectam com o que as impulsionam para frente.
Diante de tantos encontros, entendi que a espiritualidade de cada um é única e toda forma de crença naquilo que constrói e edifica vale a pena.
O indígena busca seu equilíbrio nas forças existentes na natureza e minhas vivências nas matas de nosso país foram excepcionais, sempre com um olhar absoluto de respeito à terra que nos alimenta e ao ar que respiramos. É o mundo do essencial e autêntico entregando-nos combustíveis naturais.
No catolicismo, com seus dogmas, meu encontro está com as figuras representativas de Jesus e Nossa Senhora que são energias inexplicáveis onde, através desse apoio, encontro soluções para problemas diversos. O trabalho comunitário é o movimento que mais me encanta dentro de igrejas ministradas por verdadeiros homens da paz.
Vejo em povoados diferentes do Brasil o quanto essa demonstração de fé é transformadora e crescente na vida de tantas pessoas.
As festas desse mês trazem uma representatividade linda e autêntica desse movimento cristão com seus santos juninos. Alegria com poesia brasileira na tradição festiva em confraternizações recheadas de músicas, danças, cores e sabores.
O Candomblé baiano ensinou-me que a manutenção da raíz e das tradições ancestrais são essenciais para a evolução do homem, apresentando-nos dentro da simplicidade caminhos a serem seguidos com olhares diversos sobre todos que nos cercam, sem preconceito e livre de regras estabelecidas pela hipocrisia social. A busca do coletivo.
O espiritismo – em suas diversas manifestações regionais – nos mostra que não somos o centro desse vasto universo e que estamos em constante aprendizado, distante da impáfia humana que acredita ser absoluta em sua breve passagem terrena.
Meditar e parar o tempo é um movimento que absorvemos do oriente asiático e que está presente em muitos corações e lares, trazendo tranquilidade plena e luz interior.
Quantas formas de enxergar aquilo que não podemos ver, apenas sentir.
O Brasil é infinito, diverso e vive em constante movimento de Fé com suas crenças oriundas de culturas múltiplas aqui existentes.
Lindo podermos ter a liberdade de escolher caminhos múltiplos, sempre dentro da ética e do olhar ao próximo.
Hoje, se me questionam o que sou, respondo que sou Marcelo, um ser plural em eterno aprendizado, sem regras pré estabelecidas e pronto para receber o melhor de cada um, assim, como entregar aquilo que tenho de verdade para contribuir.
Somos uma infinidade de possibilidades diante dessa diversidade cultural existente nessa terra tão imensa e abençoada.
Que nossa jornada seja absoluta e aberta a TUDO de melhor que a VIDA tem a nos oferecer. Vamos fazer e entregar-se por inteiro, sem medo de ser FELIZ.
Bora Garimpar!