Danton Mello: ator, dublador, gente boa!

Danton Mello

Na lida desde os 5 anos de idade, o ator e dublador mostra que a experiência é sim um diferencial na carreira e na vida.

O rosto de Danton é conhecido das telinhas e telonas há muito tempo. E não é à toa,ele está na ativa desde os 5 anos de idade. Mineiro de Passos, é taurino, irmão do também ator Selton Mello. Tem duas filhas, Luísa e Alice, frutos de seu casamento com a jornalista Laura Malin, e hoje é casado com Sheila Ramos.

Seu primeiro trabalho em novelas foi em 1985, com apenas 10 anos de idade, na novela “A Gata Comeu”. Participou de marcos da TV Brasileira, como a primeira temporada de Malhação, em 1995 e Hilda Furacão, em 1998. E não parou mais, com personagens emblemáticos e cheios de complexidades. Ao todo, são 21 novelas, 15 filmes e 15 peças de teatro.

Apesar da profissão e da superexposição, com mais de 660 mil seguidores no Instagram, Danton é um cara low profile, gosta das coisas simples da vida, ler um bom livro, cozinhar, estar perto da família e dos amigos. Recentemente filmou “Predestinado”, que conta a história do médium José Arigó, um personagem que o transformou, por sua história de bondade  e caridade.

Em meio à pandemia, e há mais de seis meses parado, Danton não vê a hora da vacina chegar, das coisas retomarem seu rumo e de voltar ao trabalho, aos amigos, às filhas, à vida.

Conheça mais a trajetória desse artista incrível e completo!

Revista Tudo: Como você está lidando com a quarentena?

Danton Mello: Estou seguindo todas as recomendações, protocolos, me preservando, usando máscara, fazendo distanciamento, álcool gel. Na verdade, desde o início venho dividindo as tarefas com minha esposa – Sheila Ramos – cuidado da casa, dando uma assistência para aos meus pais, indo ao supermercado, farmácia, padaria e o que eles precisam estou ali para ajudar. Até pela idade deles, preciso preservar eles o máximo possível, então, sigo fazendo as coisas essenciais para minha casa e meus pais, torcendo também para que tudo isso passe logo e que descubram uma vacina para termos uma solução e que tudo volte ao normal.

No início da pandemia vimos uma reportagem que dizia da sua preocupação com suas duas filhas que moram nos Estados Unidos. Como tem sido lidar com a distância?

Danton Mello:  Sim, fico preocupado como pai, não estar próximas delas me deixa um pouco triste, principalmente neste momento. Hoje os Estados Unidos e o Brasil são os centros da pandemia (estão na disputa) e fico até com medo de falar: venham para cá!!! Até porque existe todo um trâmite e horas de voo, elas vão ficar expostas, então, neste momento a tecnologia nos ajuda a matar a saudade.

Recentemente a Globo exibiu a minissérie Hebe, da qual você participa, como foi reviver este projeto?

Danton Mello:  Ah! Foi incrível. Hebe foi uma mulher fantástica e fazer parte desses projetos – filme e série – pra mim foi muito gratificante, principalmente por interpretar o sobrinho dela que era como filho para Hebe.

Você trabalha desde criança, durante a quarentena parou? Ou está cheio de projetos?

Danton Mello: Verdade!!! Trabalho desde os meus 5 anos (risos). No início da quarentena, parei e descansei, mas nunca fiquei tanto tempo sem trabalhar. De verdade!!! Eu gosto muito de trabalhar, nasci pra isso (risos), sempre estou emendado um trabalho no outro. Em 2020 estava cheio de projetos com o lançamento do filme “Predestinado” que tinha estreia prevista nos cinemas de todo o Brasil na primeira semana de junho, mas agora não sei quando vai ser. O outro projeto já em andamento é próxima novela das nove – da Rede Globo – na semana que iria começar a gravar foi quando começou o isolamento, sabemos que voltaremos ainda esse ano, mas não temos datas certas.

O que tem consumido? O que tem visto ou lido? Qual o segredo para manter a sanidade?

Danton Mello: Ah! Tenho curtido muito minha casa e minha família. Confesso que no início da quarentena assisti algumas séries – Anne com E – li um livro muito bacana – Don Quixote – que fazia tempo que tinha comprado, mas nunca parei pra ler (risos), aproveitei esse período e adorei. Além, de rever alguns filmes que fiz. Ah! Também curti algumas lives ao lado da Sheila, minha esposa. O segredo, eu acho, é ter muito diálogo, é ter uma base familiar, ter uma estrutura, é estar junto (eu, minha esposa e meu enteado), usar a tecnologia para conversar com as filhas, com meu irmão, com meu pai, enfim, manter essa troca, porque é importante um cuidar do outro.

Você viveu personagens marcantes na televisão e no cinema. Recentemente você interpretou o José Arigó no filme “Predestinados”. Como foi viver este homem? Você segue alguma religião?

Danton Mello: Foi muito especial e emocionante. Dar vida à história do Arigó me tocou como ser humano, já tinha ouvido falar sobre o Dr. Fritz – um médico cirurgião – mas não tinha conhecimento profundo sobre ele. E quando comecei a ler a história, estudar e gravar no interior de Minas Gerais, em Congonhas, vi o quanto ele era um homem especial, bondoso e tinha uma entrega bastante emocionante. Durante mais de vinte anos abriu mão da sua vida pessoal para ajudar e atender os necessitados, ele era de um coração gigante, um homem iluminado de verdade, não cobrava nada e dizia que era um dom que ele tinha recebido e não podia cobrar por isso. Foi um homem de uma generosidade, bondade, realmente linda. Acho que nos dias de hoje, ele é um grande exemplo de como a gente deve olhar para o próximo.

Dos personagens que já interpretou, qual te transformou?

Danton Mello: Como falei anteriormente acredito que o Arigó tenha me transformado com sua história. Mas confesso que com cada personagem que interpretei aprendi algo.

Você é a voz oficial do Leonardo di Caprio aqui no Brasil e já fez vários trabalhos de dublagem. Como surgiu a dublagem? É como atuar?

Danton Mello: A dublagem surgiu na minha vida na época em que fiz a novela “A Gata Comeu” em 1985. Eu gravei a novela nos estúdios que a Globo alugava da Herbert Richers – que era o maior estúdio de dublagem do Brasil –   e como estava sempre ali gravando novela, acabei sendo chamado para fazer um teste, uma participação e ali comecei a fazer dublagem. Então, dublei muita coisa, mas tive poucos personagens fixos porque era difícil conciliar com a agenda das novelas, sempre ia emendando uma novela na outra. Fui fazendo dublagem com participações e depois fiz o “Di Caprio“, quatro filmes dele, foi muito legal e tudo que chegava dele no Brasil me chamavam (risos), durante alguns anos, porque é importante isso, você manter a voz do mesmo dublador ao mesmo ator para identificação.

Mas eu não conseguia conciliar com as novelas, com o volume de trabalho que tinha na época, então, acabei deixando de ser a voz oficial do Leonardo Di Caprio no Brasil. E dublagem é uma delícia, é como atuar, mas é um desafio maior porque você só tem um recurso que é a sua voz. O ator, seja no teatro, cinema ou televisão tem seu corpo, corpo também fala, tem o cenário, as locações, o figurino, enfim, você cria todo o universo e a dublagem é você transmitir tudo isso, toda sua emoção na sua voz. Foi um grande exercício pra minha vida e pra minha carreira, trabalhei com os maiores dubladores do Brasil e aprendi muito com eles. Nos últimos anos fiz trabalhos bem legais e que sempre tive vontade de fazer como animação – recentemente fiz Pets 1 e 2.

Do que você sente mais falta na pandemia? E o que decidiu fazer que nem passava pela sua cabeça antes?

Danton Mello: Ah! Senti falta de estar junto das minhas filhas que estão no Estados Unidos, do abraço dos amigos e fiquei com saudade de trabalhar (risos), da correria de ir para os estúdios, decorar texto, ir pra rua. Mas aos poucos iremos voltando e matando a saudade de tudo e todos.  Ficar esse tempo todo “parado” é um desafio! Sou um cara que ama trabalhar, preciso trabalhar, aprendi e minha vida é trabalhar desde cedo. Nunca, em 40 anos de carreira, fiquei tanto tempo sem trabalhar. Não vejo a hora de retornar os trabalhos.

Como você acredita que fica a cultura no Brasil depois de tudo isso? Tivemos episódios políticos que impactaram diretamente as políticas públicas voltadas pra cultura e sabemos que, neste retorno, cinemas e teatros são uns dos últimos a voltar.

Danton Mello: Realmente não temos um governo que dê valor a cultura e espero que isso mude em algum momento neste governo, ou em um próximo. Fico realmente muito preocupado com tantos colegas que estão parados, pessoal de teatro, da música e tantos outros profissionais, realmente precisamos muito de um incentivo e apoio.

  • créditos:Gustavo Arrais
  • stylist:Yakini Rodrigues
  • beleza:Rafael Guapiano

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