Dificuldade financeira, excesso de trabalho, cansaço, preocupação e insegurança com o futuro. Esses são apenas alguns dos motivos que levam uma pessoa ao estresse, reação natural do organismo que envolve componentes psicológicos, físicos, mentais, hormonais e ocorre em situações de vulnerabilidade. Considerado o mal do século, o problema atinge 90% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Existem variadas formas de lidar e tratar o estresse, mas uma das mais comuns e saudáveis é a prática de exercícios físicos.
“Praticar atividades físicas é importante, pois, quando nos exercitamos, ocorre a liberação de neurotransmissores como a serotonina que, entre outras funções, equilibram o humor. Os exercícios também liberam endorfina, que atua em nosso organismo como um analgésico, aliviando dores e o estresse”, explica a professora de educação física Crislaine Antas.
De acordo com a especialista, as atividades colaboram para o autoconhecimento e autovalorização, proporcionados pelo contato com o próprio corpo e suas sensações.
Quando começar?
A partir dos primeiros seis meses de vida, um ser humano já tem condições de explorar o espaço e os movimentos. “O ideal é incentivar as crianças desde cedo, em especial com brincadeiras e jogos”, afirma Domitila.
Meditação, práticas de conscientização corporal, como Yoga e Pilates, ou simples corridas e caminhadas diárias, contribuem no autocontrole e na consciência das interações entre corpo e mente, tanto para os pequenos como para os adultos.
Em alguns casos, práticas mais intensas, como jump, artes marciais e dança, podem ser ainda mais eficientes. “As primeiras ajudam a desacelerar a mente do ritmo frenético em que vivemos e as últimas, em especial as artes marciais, promovem a disciplina e o autocontrole. Lembrando que todas têm benefícios, o essencial é sempre mesclar as modalidades para uma eficiência ainda maior.”
Hábitos para evitar o estresse
Muitos são os benefícios que podem ser extraídos da prática regular de atividades físicas, sendo a prevenção do estresse apenas um deles.
Na dúvida sobre começar ou não a se exercitar, a professora destaca a melhora do humor, sono e disposição, além da prevenção e controle de doenças, peso corporal e o aumento da imunidade e expectativa de vida.
Para Domitila, mudar os hábitos pode parecer difícil, mas é uma questão de escolha e prioridade. Como primeiro passo, ela indica uma modalidade que encaixe na rotina e no gosto, pois é mais fácil de dar continuidade à prática e desfrutar dos benefícios.
“Melhorar a saúde física e mental é a melhor decisão que podemos tomar para a nossa vida e se exercitar pode ser um dos principais passos.”, finaliza.