Por Ana Luiza Castro
Nada para mim é mais tocante que as marcas do tempo e o que você faz com elas; existe uma diferença muito grande entre o aprendizado e o sofrimento; e essa escolha só dependerá de nós mesmos.
Tempo esse que parece não parar para Neusa.
Ou arriscaria dizer que ela que não para no tempo. Exemplo vivo de quem o tempo fez bem. Sua fala é calma, seu diálogo claro e seus objetivos sempre bem traçados; obviamente, uma pessoa que aprendeu com o passar dos anos e continua querendo aprender.
Neusa não teve filhos e, desde cedo, se dedicou ao seu lado profissional. Executiva de uma multinacional, acumulou horas de trabalho, viagens a negócios, cobranças e, consequentemente, muito stress. E encontrou no esporte uma forma de contrabalancear tudo isso.
Posso dizer porque acompanhei de perto o quanto a corrida foi algo libertador, onde literalmente a ajudava a respirar melhor.
Neusa, começou com metros e respeitando seu tempo e seu corpo; foi conseguindo acumular quilômetros; é uma das alunas mais antigas da equipe e tem como meta fazer sua primeira meia maratona aos 65 anos de idade.
Não tenhamos regras. Não achemos que não temos mais tempo; não podemos esquecer que o tempo é imprevisível, invisível e questão de prioridade. Respeite seu tempo, mas, principalmente, seus sonhos!