Saúde Mental: criar um filho que cresce e dá 60 socos em uma mulher

Como cuidar da saúde mental do indivíduo desde a infância

Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete de 29 anos, que agrediu brutalmente sua então namorada, Juliana Garcia dos Santos, com 61 socos em um elevador em Natal (RN), foi denunciado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte por tentativa de feminicídio.
A polícia indicou que Juliana já havia sofrido agressões anteriores com empurrões e violência psicológica grave, inclusive com Igor incentivando-a a cometer suicídio.
A família, codependente deste ato violento, teve que se retratar em redes sociais: “Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. São cidadãos comuns, trabalhadores, que foram igualmente surpreendidos com os fatos”, diz um trecho da nota.

Esse não foi um caso isolado.
Diversos casos envolvendo violência extrema e assassinato podem ser relatados todos os dias. E não se trata do assassinato durante o assalto, por exemplo.
É tratado aqui nesta matéria o assassinato premeditado, onde, muitas vezes, não existe remorso ou arrependimento por parte do criminoso. 

Outro caso de grande repercussão que voltou à mídia foi o do Maníaco do Parque, que virou documentário disponível na Prime Vídeo. Apenas relembrando: Francisco foi condenado pelo estupro de 16 mulheres em 1998. Entre essas, sete foram brutalmente estupradas e assassinadas. Francisco usava de seu “charme” superficial e falsas promessas para atrair suas “presas”, com intuito de fotografá-las para um catálogo de beleza (falsa promessa de trabalho).

Prática de estupro e assassinato através da esganação. Foi considerado semi-imputável pelos laudos médicos, os quais disseram que Francisco podia compreender a gravidade dos crimes, mas sem controle de suas emoções.

Nos primeiros anos de vida, sofreu abuso sexual de sua tia, o que, na fase adulta, fez com que possuísse dificuldades de ereção. Frequentava matadouros, onde presenciava com frequência a morte de bois. Dizia que sentia “pena” da forma violenta com que os animais eram mortos, mas, ao mesmo tempo, não se importava de presenciar tais mortes.

O diagnóstico psiquiátrico, segundo Caixeta e Costa (2009), apontou que Francisco sofreu de um elemento chamado “homicídio sexual por fatores inconscientes”, influenciado pelos abusos e maus-tratos sofridos na infância; raiva inconsciente; disfunções sexuais; impulsos sádicos e sentimentos de insuficiência

Nem todo ladrão é psicopata, mas a psicopatia pode ser um fator de risco para comportamentos criminosos, incluindo roubos. A psicopatia é um transtorno de personalidade caracterizado por traços como falta de empatia, manipulação, impulsividade e ausência de remorso, que podem levar indivíduos a cometer crimes. No entanto, nem todos os psicopatas são criminosos, e nem todos os criminosos são psicopatas.

A questão sobre se a psicopatia é inata ou adquirida é complexa, e a resposta envolve uma interação entre fatores genéticos e ambientais. Não se nasce psicopata, mas algumas pessoas podem ter uma predisposição genética que, combinada com experiências ambientais adversas, pode levar ao desenvolvimento do transtorno. 

De acordo com a psicóloga Cíntia Baraúna, o principal problema do século é lidar com a frustração. “Geralmente, as pessoas agridem quando elas não conseguem lidar com alguma situação, quando não conseguem falar sobre as suas emoções”, explica.
Segundo a profissional, muitos comportamentos como agressões, descontrole, desequilíbrio, agitação, medos, preocupações excessivas, dificuldade nas relações interpessoais, entre outros, se agravam na adolescência e na idade adulta se não forem tratados na infância.

No intuito de ajudar os pais a observarem esses comportamentos e buscar ajuda o quanto antes para que esse quadro não se agrave, seguem aqui alguns comportamentos que sinalizam que algo não vai bem. Prestem atenção.

– Comportamentos Agressivos (bater em outras crianças e até mesmo em adultos);

– ⁠Gritar e jogar objetos no chão ou atirar longe;

– Dificuldade em lidar com a frustração; 

– Não aceitar regras, limites e o Não;

– Não pode ser contrariado e quando isso acontece faz ameaças; 

– Dificuldade nas relações interpessoais; 

– Baixa autoestima;

– Agitação Excessiva; 

– Sempre quer estar no controle;

– Frequentes episódios de fúria e descontrole emocional; 

– Insônia ou sono agitado;

– Má alimentação e Seletividade; 

– Brincadeiras agressivas e violentas; 

– Queixas permanentes da escola e de lugares que frequenta;

– Maus tratos com pessoas e animais.

Atenção a esses sinais! Uma criança com alguns desses comportamentos frequentes está pedindo ajuda. Se não for observado e tratado pode ter graves consequências na adolescência e na vida adulta. 

A Terapia Psicológica irá auxiliar na mudança de comportamentos e a lidar melhor com as emoções, auxiliando também os pais e profissionais que convivem com a criança .

Desta forma, evitando graves comportamentos futuros .

Colaborou com essa matéria a psicóloga clínica Cintia Baraúna
(11)99552-4849 / 95056-3636  

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