HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Apesar da grande maioria das infecções parecerem inofensivas, alguns tipos de vírus podem infectar a região genital e provocar cânceres, como o de colo do útero. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em 2020, mais de 500 mil mulheres foram diagnosticadas com câncer de colo de útero no mundo. Por isso, nesse mesmo ano, a OMS desenvolveu novas estratégias para eliminar o câncer de colo de útero, afinal, trata-se de um problema de saúde pública mundial.
Dentre as estratégias está a vacinação contra o HPV, que no Brasil é disponibilizada no SUS para meninas de 9 a 14 anos, e mulheres imunossuprimidas dos 9 aos 45 anos. Porém, nem todas as mulheres têm acesso à vacinação gratuita, conforme observa o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo. Segundo ele, 43% das brasileiras não estão vacinadas contra o vírus do HPV. Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com 54% das entrevistadas. E dos 25 aos 34 anos, com 49% das respondentes.
Os dados por estado demonstram que o Tocantins é o estado com o maior número de mulheres não vacinadas, com 56% das participantes. No Paraná, pelo menos metade das entrevistadas não são vacinadas. Em São Paulo e em Santa Catarina, 47% das respondentes não têm vacina. Já no Rio Grande do Sul, 46% não foram imunizadas. E no Rio de Janeiro, 41%.
Conforme já reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, a vacinação é de extrema importância para a prevenção do HPV e de um futuro câncer de colo de útero. Além da vacinação, existem outros métodos para a prevenção do contágio, como o uso de preservativo durante a relação sexual, assim como os exames de diagnóstico como o papanicolau, importante para mulheres dos 25 anos ou mais, com vida sexual ativa.