O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda afirma que, com o aumenta das internações de pessoas acima dos 80 anos, é ainda mais necessária a aplicação de uma dose de reforço nessa população, que foi a primeira a ser vacinada no país.
Em contrapartida, na última quinta-feira (19), Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, disse que uma terceira dose da vacina só vai acontecer depois que toda a população adulta estiver totalmente imunizado com as duas.
Croda defende que essa dose de reforço para idosos seja dada juntamente à vacinação das demais faixas etárias – que é o que tem sido feito em outros países, como os Estados Unidos e Israel.
Embora o avanço da vacinação contra COVID-19 no Brasil traga esperança, o baixo número de pessoas com esquema vacinal completo (com duas doses ou dose única) e disseminação da variante delta, que é ainda mais contagiosa, preocupa os especialistas. “O ideal seria garantir a segunda dose de todas as pessoas acima de 50 anos antes de começar a avançar nos mais jovens, antes da antecipação da segunda dose nos mais jovens. É importante entender por que 7 milhões de pessoas ainda não foram tomar a segunda dose, principalmente os idosos, e buscar essas pessoas antes de avançar nos adolescentes, por exemplo”, completa o especialista.