COVID: Ministério da Saúde reconhece ineficácia da cloroquina e outros medicamentos do “kit covid”

Em documentos enviados à CPI da COVID essa semana, o Ministério da Saúde admite que medicamentos do “kit covid” são ineficazes contra o coronavírus.

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, diz documento.

Em maio desse ano o Ministério já havia emitido um parecer que contraindicava o uso desses medicamentos para pacientes internados com COVID, mas esse só foi entregue à CPI essa semana. Duas notas técnicas chegaram à comissão a pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).

Os medicamentos, amplamente defendidos pelo presidente Jari Bolsonaro e seus apoiadores, eram recomendados para tratamento precoce pelo aplicativo do Ministério da Saúde, TrateCov, A plataforma está atualmente fora do ar.

Atualmente, a CPI apura a possível existência de um gabinete paralelo ao Ministério da Saúde, responsável pelo atraso na compra das vacinas, por favorecer laboratórios e pela compra de medicamentos do “kit covid” ineficazes para o tratamento da doença.

A primeira lista de testemunhas investigadas pela comissão por terem composto esse gabinete e insistido nos medicamentos são: o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello; o ex-chefe de comunicação do governo, Fábio Wajngarten; as médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi e o ex-chanceler Ernesto Araújo.

Além desses, constam na lista de investigados: o ex-assessor do Ministério da Saúde Elcio Franco; o conselheiro do presidente Arthur Weintraub; o empresário Carlos Wizard; Franciele Fantinato; Helio Neto; Marcellus Campelo; Paulo Marinho Zanotto; Luciano Dias Azevedo e o atual chefe da pasta de Saúde, Marcelo Queiroga.

A CPI

A CPI da COVID-19 foi instaurada em 8 de abril de 2021 pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso no Senado Federal. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) é responsável por investigar as atitudes do Governo Federal durante o enfrentamento da pandemia.

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