Apesar de impasse com Saúde, Doria assegura vacina para pré-18 na quarta-feira

João Doria (PSDB), govenador de São Paulo, voltou a afirmar que a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos começa na próxima quarta-feira (18). Em um impasse com o Ministério da Saúde por doses da vacina da Pfizer, a data chegou a ficar “em aberto”.

No começo do mês, o estado diz ter recebido 228 mil doses a menos da Pfizer. Sem acordo, o governo entrou com processo no STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada.

Quando a acusação foi feita, Doria chegou a afirmar que, com envio menor, a vacinação de adolescentes poderia não acontecer no próximo dia 18, tendo em vista que a Pfizer é, até o momento, a única aprovada para crianças e adolescentes no Brasil. “Eles argumentam que poderiam compensar com CoronaVac, mas isso não contempla o nosso momento de vacinação. A questão é que, para esta faixa, só temos um imunizante”, afirmou Regiane de Paula, coordenadora do PEI (Programa Estadual de Imunização).

O Instituto Butantan, produtor da CoronaVac, entrou pedido de aplicação da vacina em crianças e adolescentes e espera receber a resposta ainda nesta semana. “Se for aprovado, aí temos um novo cenário”, declara a coordenadora do PEI. O estado garante a segunda dose para quem já tomou a vacina da Pfizer, mas coloca a responsabilidade no Ministério. “Nós esperamos que eles entreguem proporcionalmente, para que não tenha problema, no futuro, com segunda dose”, disse Regiane.

SP argumenta ter recebido somente 10% da remessa total da Saúde, quando o pacto federativo estabelece que o estado fique com 22,6%. O Ministério da Saúde argumenta que mudou a distribuição para equilibrar o recebimento de imunizantes entre os estados. Enquanto São Paulo está vacinando adolescentes, há estados ainda na casa dos 20 anos.

“É uma questão de metodologia. Há 45 dias, nos programamos para chegar ao dia de hoje. Então, queremos que o ministério continue com a metodologia aplicada. Não é possível mudar aos 45 minutos do segundo tempo”, declara Regiane. Na ação, protocolada no STF na última sexta (13), a PGE-SP (Procuradoria Geral do Estado de São Paulo) solicita retorno à metodologia anterior ou, pelo menos, 40 dias para nova adaptação.

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