Anvisa aprova novo medicamento para tratar casos leves e moderados da COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje, quarta-feira (08), por unanimidade, o pedido para uso emergencial do sotrovimabe, novo medicamento para pacientes com COVID-19.

O pedido foi feito pela fabricante GlaxoSmithKline Brasil em julho deste ano. O medicamento é recomendado para pacientes com casos leves a moderados da doença, mas que apresentem alto risco de progressão do vírus.

Entre os fatores de risco apontados pela Anvisa estão obesidade, idade avançada, doença cardiovascular, hipertensão e doença pulmonar crônica. Asma, diabete, doença renal crônica, doença hepática e imunossuprimidos também.

O tratamento só pode ser feito em pessoas a partir de 12 anos e pesando no mínimo 40kg. O uso é feito em dose única e deve ser iniciado até 5 dias desde o início dos sintomas. Sua aplicação é restrita a hospitais.

O tratamento não é indicado para pessoas que precisam de suplementação de oxigênio, pois pode estar associado a piora no desfecho clínico quando o paciente estiver nessa situação.

“É um anticorpo monoclonal feito em laboratório que imita a capacidade do sistema imunológico de combater o vírus. Ele atua contra a proteína spike do Sars-Cov-2 e é projetado para bloquear a ligação do vírus e a sua entrada nas células humanas,” explica Meiruze de Sousa Freitas, relatora do pedido de uso emergencial do medicamento.

Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, explica que estudos clínicos mostraram redução do risco de progressão da doença em 79% dos casos.

“É um resultado que tem uma relevância importante. Um dado e um desfecho significativo em termo de estudo clínico que mostra o desempenho favorável na redução do risco de hospitalização e morte”.

Mendes acrescenta que há incertezas quanto à real eficácia do produto frente às variantes do vírus, como a delta e gama. Os estudos in vitro, no entanto, não indicam perda de eficácia.

Fora isso, o uso em grávidas deve ser feito com cautela, já que os dados do uso do produto nessa população são limitados.

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