Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a saúde mental, atualmente, é uma questão global, não só do Brasil, não só do exterior, mas configura um cenário complexo e desafiador atingindo crianças, adolescentes, adultos e idosos, especialmente após o COVID-19.
Vamos entender melhor e saber o que podemos fazer desde já.
Ainda, segundo a OMS, a solidão e isolamento social afetam uma em cada seis pessoas no mundo. Em 2020, houve um aumento de 18% nos casos de depressão e 15% nos casos de ansiedade em comparação com 2019. Isso se traduz em aproximadamente 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de novos casos de ansiedade devido à pandemia.

O Brasil ocupa o 4º lugar global em estresse (Ipsos, 2024), com 42% da população relatando sentir-se estressada a ponto de atrapalhar os relacionamentos e tarefas cotidianas.
Para entendermos o que pode estar acontecendo conosco vamos iniciar pelos conceitos: Saúde Mental e Transtorno Mental.
O primeiro ponto a saber é que saúde mental é mais que ausência de doença ou transtorno, e sim, é um estado completo de bem estar físico, mental, emocional, espiritual e social, conceito revolucionário, desde a fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS,) em 1946. O conceito de Saúde Mental é algo móvel, visto refletir valores culturais, avanços científicos e crenças determinadas pelas sociedades, por isso, evolui ao longo da história.
Nossa cultura ainda trás um preconceito ao lidarmos com nossa saúde mental, entendendo erroneamente que isso seria “coisa de louco”, “coisa de gente fraca”, ainda, confundindo saúde mental com transtorno mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno mental é uma condição de falta de saúde mental que interfere significativamente na forma como pensamos, sentimos, nosso humor e como nos comportamos, causando sofrimento e/ou prejuízo funcional que afeta a pessoa e seu entorno.
Em termos mais detalhados, a OMS (e sua classificação, a CID-11) aponta que os transtornos mentais são geralmente caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamentos distorcidos. Essa combinação de fatores pode, de forma significativa, afetar as relações da pessoa com os outros e sua capacidade de funcionar nas atividades diárias.
Um transtorno mental não é apenas uma tristeza passageira, um dia ruim ou um momento de estresse, mas se caracteriza por um ou mais padrões de pensamentos, emoções ou comportamentos.
Os transtornos mentais não têm uma única causa. Eles resultam de uma complexa interação de fatores genéticos, biológicos (química cerebral, estrutura do cérebro), psicológicos (experiências de vida, traumas), ambientais (condições socioeconômicas, estresse, ambiente familiar e social) e transgeracionais (reparação ou compensação de algo ocorrido ou não terminado de um antepassado).
Mas… o que tudo isso pode traduzir: que saúde mental também implica em cuidarmos do nosso corpo, nossa mente, nossas emoções, nossa espiritualidade e nosso estilo de vida para além da nossa mente; para isso, podemos adquirir autoconhecimento e pedir ajuda profissional se necessário.
Segundo a visão sistêmica, atividades ou experiências repetitivas que nos trazem mal estar podem estar querendo nos dizer algo para ser visto, cuidado, liberado e ressignificado e, assim, abrir espaço para atividades e experiências que promovam mais saúde e bem-estar, o que resulta em mais vida.
A própria OMS e governos validam e buscam a expansão das práticas terapêuticas que olham e cuidam da pessoa de modo integral através dos seus órgãos públicos e reconhecem a necessidade urgente desse cuidado; assim, entendem que as ofertas dos tratamentos gratuitos estão longe de serem suficientes.
Esse artigo surge da vontade de desmistificar o tema e expor a importância do autocuidado integral para que possamos nos lembrar ou relembrar que cada um de nós é uma unidade relacional, interdependente e que pequenas mudanças podem resultar em grandes diferenças, como por exemplo ter um hobby, sorrir ao acordar, espreguiçar-se, agradecer, ser gentil, valorizar a natureza, criticar menos, repousar por 10 minutos após o almoço, respirar 3 vezes com a mente calma, diminuir o uso de mídias sociais, dentre milhões de outras pequenas práticas. Pequenas atitudes podem prevenir e melhorar nossa qualidade de vida, mas não substituem os tratamentos necessários.
Atualmente, além da medicina e terapias tradicionais, a OMS reconhece e valida as práticas terapêuticas integrativas e complementares: as PICs (Práticas integrativas e Complementares em Saúde) , como a Constelação Familiar, Acupuntura, Terapia Floral, Aromaterapia, Tai Chi Chuan, dentre outras.
Eliana Tessitore é Consteladora Familiar, Novas Constelações, Fisioterapeuta | RPG, Terapeuta Integrativa e Mestre em Enfermagem Psiquiátrica.
Atende em SP e Granja Viana: @eliana.tessitore
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