Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, anunciou, na última terça (27), que o Brasil deverá começar a vacinação de adolescentes contra a COVID-19 no segundo semestre – mas somente quando toda a população adulta vacinável tiver tomado ao menos uma dose do imunizante.
Segundo o Ministério, o esquema de vacina terá como público-alvo adolescentes entre 12 e 17 anos, primeiro os com caso de comorbidades, depois os demais. Entretanto, para isso, os estados e municípios precisam ter vacinado com pelo menos uma dose toda a população adulta. A pasta ainda não informa qual imunizante será usado nessa fase da campanha, apesar de só um ter sido aprovado para uso em adolescentes no Brasil.
Em países como Canadá e Estados Unidos, a vacina contra COVID já é aplicada em pessoas a partir dos 12 anos.
Algumas cidades brasileiras, como Campo Grande (MS), Niterói (RJ) e Guajará-Mirim (RO) já começaram a vacinar adolescentes. A cidade de São Paulo afirma que prevê iniciar a vacinação do público em 18 de agosto.
Hoje, o Brasil conta com apenas um imunizante liberado para adolescentes: a vacina ComiRNAty, desevolvida pela Pfizer com a BioNtech, foi aprovada em junho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ela, estudos fora do país e avaliados pela agência comprovam a segurança e eficácia em pessoas a partir dos 12 anos.
Das seis vacinas negociadas pelo governo brasileiros para o Programa Nacional de Imunização (PNI) contra COVID, ao menos quatro já realizam testes em crianças e adolescentes.