Atleta mais nova do Brasil na história das Olimpíadas, a skatista Rayssa Leal (13) saiu do Maranhão junto de sua mãe para conquistar um lugar ao pódio do skate nos Jogos desse ano, concorrendo pela categoria street.
Brasileira favorita da modalidade, Rayssa é a segunda colocada no ranking da World Skate. Ela, Pâmela Rosa e Leticia Bufoni representam o país e tem como principais concorrentes as japonesas Aori Nishimura, Momiji Nishiya e Funa Nakayama à conquista das medalhas. A disputa acontece domingo (25) a partir das 21h (horário de Brasília).
Vice-campeã mundial em 2019, Rayssa define sua relação com o esporte como uma “brincadeira com responsabilidade”, mas reconhece que chegar a Tóquio é um divisor de águas.
“É meio estranho do nada poder quebrar vários recordes e quem sabe ser a mais nova a ganhar uma medalha de ouro. Vou dar o meu melhor para isso acontecer e deixar todos os brasileiros muito orgulhoso”, afirma ela.
Diferentemente das outras modalidades, a federação internacional de skate não estabelece idade mínima para a participação nos Jogos Olímpicos – foi o que permitiu Rayssa chegar aos Jogos. A britânica Sky Brown, que compete na categoria park, também tem 13 anos, sendo só alguns meses mais nova que a brasileira. Mas já se discute a possibilidade de estabelecer um limite etário para os Jogos de Paris 2024.
Em Tóquio, apesar das restrições impostas pela pandemia de COVID-19, Rayssa conta com a presença da mãe dentro da Vila Olímpica. Lilian Mendes Rodrigues Leal frequenta o espaço durante o dia, mas passa as noites num hotel próximo à residência oficial. No quarto com a atleta fica a chefe de equipe do skate, Tatiana Lobo.
Independentemente do resultado que alcançar em Tóquio, Rayssa afirma que pretende ainda andar de skate por muitos anos. Ela deseja ver cada vez mais garotas skatistas no Brasil. “Quero quebrar o preconceito de que a maioria dos esportes é para menino e que meninas não têm que estar lá”, completa a atleta.