Qual será o futuro da Granja?

Residenciais não param de ser construídos, trânsito caótico e o pesadelo da verticalização assolam os moradores. Prefeito eleito afirma que equipe técnica trabalha, neste momento, para tentar minimizar o problema que é o retorno do km 23, e diz que projeto que prevê pedágios é audacioso

Nomes como Viih Tube, Eliezer, Walcyr Carrasco e Felipe Tito escolheram a Granja para viver. O bairro, que ainda resiste à urbanização, ainda conta áreas que garantem ar puro, quesito quase que obrigatório para o período pós pandemia.

Em São Paulo, é quase impossível encontrar condomínios que invistam em espaços verdes, enquanto que, por aqui, o morador leva o pacote completo: verde, ar puro, flora e fauna bem peculiar, que vai de tucanos e araras, até macaquinhos. Mas, infelizmente, a falta de segurança, a verticalização e o trânsito da Raposo também integram esse pacote.

“Cotia cresceu de forma desordenada em função da quantidade de empreendimentos aprovados nos últimos governos, sem qualquer tipo de estudo ou impacto. O caos na Raposo é resultado disso”, explicou o prefeito eleito, Welington Formiga.

A Raposo Tavares funciona como uma grande avenida – com shopping, condomínios, mercados, parques industriais e circulam no trecho Cotia – São Paulo mais de 188 mil veículos por dia. O novo gestor da cidade de Cotia diz que estuda a construção de uma alça de acesso no retorno do km 23 e a interligação dos bairros do entorno da Raposo, para que os motoristas tenham alternativas para driblar o congestionamento da Rodovia.

Retorno do km 23: alça de três saídas é capenga e dificulta a mobilidade/ Formiga diz que estuda a construção de uma alça de acesso no retorno
do km 23

“O Governo do Estado apresentou um audacioso projeto que prevê pedágios na Raposo. “O cidadão quer ficar duas horas para chegar em São Paulo ou quer pagar pedágio? O que é mais barato? Precisamos pensar de que forma podemos melhorar a mobilidade agora”, explica para a Revista Tudo. E continua: “Preciso pensar como prefeito e quero governar para os próximos 30 anos”.

Referente a verticalização, ele deixa seu posicionamento: “Foi decidida de forma arbitrária e antidemocrática; não teve diálogo e o estatuto da cidade não foi respeitado; nós vamos rever isso. Se a verticalização acontecer, deve ser realizada de forma muito responsável senão vamos transformar Cotia em um cortiço”, falou Formiga à nossa equipe.

Desapropriações à vista
O projeto do governo de São Paulo para privatizar e alargar o trecho urbano da rodovia Raposo Tavares, hoje sob administração estadual, prevê a construção de pistas, viadutos e alças de acesso em áreas onde hoje estão casas, empresas, vegetação e zonas de proteção ambiental. O impacto estimado é de 1 milhão de metros quadrados de áreas desapropriadas.

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