Agência de viagens: sim ou não?

Por Lorien Saviano [email protected]

Hoje, com a tecnologia facilitando tudo, parece muito simples dar um “Google” e organizar as próximas férias. Mas nem sempre isso funciona.

Com mais de 30 anos de expertise em viagens – 15 deles como Editora de Turismo – eu recorro às agências de viagens para montar roteiros excepcionais. Claro que não se trata de reservar um simples vôo ou algumas noites num hotel. Na minha última viagem, por exemplo, a ideia era realizar dois cruzeiros sequenciais a bordo do Celebrity Eclipse, partindo de Valparaíso, no Chile, e desembarcando no Rio de Janeiro.

A agente de viagens descobriu que no primeiro trecho havia uma
promoção: eu ficaria numa cabine Concierge (com varanda e benefícios a bordo) pelo preço de uma cabine interna. Mas a promoção não continuava no cruzeiro seguinte. Nele, ela pinçou outra barganha: a oferta era receber uma cabine Ocean Class (que tem um restaurante exclusivo a bordo e outros benefícios no spa) pelo valor de uma cabine com varanda. Só havia uma exigência: trocar de cabine na parada em Buenos Aires.

E como diz Guilherme Paulus, fundador da CVC, “agências não vendem viagens, vendem férias”. Aldo Leone, CEO da Agaxtur, arremata: “não vendemos pacotes, vendemos sonhos”. Há
muitos prós nessa parceria. Mas, dependendo do seu perfil, há contras também. Saiba a seguir os principais:

Além disso, a agente ofereceu um voo de São Paulo com conexão no Rio na ida, bem mais barato do que o voo direto até o Chile.
Resumo: a economia total foi de alguns milhares de dólares. Toda essa estratégia não fica clara numa reserva online e esse é o pulo do gato de uma agência de viagens.

  1. Um agente de viagens, pelo volume de operações e de contatos,
    tem acesso a promoções especiais que não aparecem na internet.
    Os melhores agentes estão antenados com os projetos e particularidades de seus clientes e podem aplicar benefícios, mesmo depois que você fizer a reserva. Além disso, ele parcela seu pagamento, o que permite uma estadia mais longa e mais rica.
  2. E se você decidir de última hora viajar num feriado como Natal, Reveillon ou Carnaval, uma agência de viagens permite encontrar opções porque tem vários programas ainda disponíveis.
  3. Um bom profissional pensa em todos os detalhes para garantir uma experiência marcante: o quarto com a melhor vista, com o menor nível de ruído, reservas no restaurante da moda, ingressos para shows e mesmo um bom roteiro de compras. Ele também indica quantos dias são necessários para explorar cada lugar e quando é a época certa para ir, dentro do seu objetivo e orçamento.
  4. Uma agência de viagens de qualidade tem conexões no Brasil e no mundo e um agente experiente já viajou um bocado. Por isso, ele pode listar quais pontos – companhias aéreas, rede de hotéis, passeios com guias locais – irão enriquecer sua experiência. E muitos nem estão disponíveis para o público em geral.
  5. Além disso, quando você tiver a assessoria de um bom agente não haverá surpresas como taxas extras nos hotéis e outras atividades depois da reserva.
  6. Seu agente funciona como um concierge. Saberá se algum voo foi cancelado ou está atrasado e irá ajudar a reorganizar o itinerário rapidamente. E se o destino for um país estrangeiro ele é útil para informar sobre compra de moeda, documentação, vacinas. Ele não deve estar acessível somente antes da venda, mas durante toda a viagem e também depois dela, ouvindo seu feedback sobre o que foi ótimo e o que não foi.
  7. No quesito desvantagem tenha em mente que é até possível obter uma opção mais barata. Mas se você está planejando sua viagem de lua de mel ou um roteiro que inclua toda a família, com pessoas de todas as idades, com certeza será a melhor alternativa.
  8. Também haverá menos flexibilidade no itinerário. Todos os dias serão preenchidos por programas e alterar isso irá custar dinheiro. Ainda, o tempo que você e seu agente levarão para encaixar todas as mudanças geralmente é bem desgastante.
  9. Finalmente, encontrar um agente de viagens confiável e competente requer alguma pesquisa. O ponto principal é verificar se ele realmente conhece o produto que está vendendo e se está disposto a trabalhar para você e não para os fornecedores – hotéis, companhias aéreas e marítimas, restaurantes – que pagam as melhores comissões. Indicações de amigos e comentários em redes sociais são um bom caminho. Também preste atenção à velocidade de comunicação. Se as respostas às suas dúvidas demoram demais ou chegam incompletas, ele pode estar um tanto desinteressado em planejar sua viagem.

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