Por Mauro Henrique Milman
Até hoje, muitos mitos e inseguranças rondam os pacientes no momento de escolher um profissional cirurgião plástico e, infelizmente, não são poucos os casos que passam por maus bocados. Para evitar que você seja o próximo, o dr. Mauro Henrique Milman dá algumas dicas de como tomar a melhor decisão neste momento tão importante.
Preciso fazer meu procedimento estético com o cirurgião plástico?
Algumas pessoas não se perguntaram isso antes de fazer procedimentos invasivos para melhorar a estética. Confiam em propagandas em redes sociais ou em “depoimentos” de pacientes duvidosos. Muitos profissionais não-médicos usam o título de “Doutor” ou colocam letreiros com “Medicina Estética” para ludibriar os potenciais clientes.
Eu não sabia que o profissional não era médico (ou cirurgião plástico)!
Nos dias de hoje, a informação está na palma da mão. Não estou falando de Instagram ou Facebook, pois estes perfis podem ser construídos da maneira que preferir. Basta entrar no google e pesquisar o site do CRM (www.cremesp.org.br) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br). Ambos os sites apresentam ferramentas de busca de profissionais na página inicial.
Mas o meu profissional é experiente, tem diversas especialização!
Claro que experiência é fundamental! Mas a experiência com base teórica e completa. Um cirurgião plástico estudou um curso de 6 anos em período integral. Aprendeu anatomia, farmacologia, patologia e clínica de maneira detalhada e pormenorizada. Depois da faculdade, fez uma residência médica de 5 anos, operando pacientes quase diariamente, tratando complicações, sequelas e deformidades. Fazer um curso de final de semana, aprendendo com 2 ou 3 pacientes-modelo (“cobaias”) não habilita ninguém a se denominar um especialista.
O cirurgião plástico é mais caro!
Nenhum procedimento estético é barato! Muitas vezes não-médicos, clínicas de shopping ou médicos sem especialização cobram valores próximos a um cirurgião plástico. A indicação de um procedimento inadequado, o uso de material de baixa qualidade ou uma complicação acarretam prejuízos muito maiores. O mercado está saturado de profissionais sem formação adequada; são apenas vendedores e aplicadores de substâncias que não entendem como funcionam o que estão injetando. Não seja a próxima vítima!