A grande maioria das pessoas adora uma dieta e, muitas vezes, a perda de peso está num segundo plano.
Mudar hábitos alimentares e adotar um novo estilo de vida são objetivos que estão em alta esse ano. Todo mundo quer viver bem e melhor: estar com a pressão arterial em dia, ter uma boa noite de sono e garantir disposição para uma atividade física – e para as demais atividades do dia a dia – é o que temos, de uma forma geral, buscado.
Para nos ajudar nessa empreitada e desmistificar algumas fakenews que giram em torno do emagrecimento, conversamos com a nutricionista Juliana Signorini para entender como adotar um novo lifestyle.
Sobre as dietas da moda
Atualmente, algumas “dietas” ganharam destaque na mídia em geral, entre elas estão a dieta mediterrânea, dash e flexitariana. As dietas dash e mediterrânea são baseadas no consumo de alimentos frescos e naturais como azeite, frutas, legumes, cereais, leite e queijo, sendo necessário evitar produtos industrializados ultra processados como embutidos e comida congelada. Essa dieta consiste em mudança de hábitos alimentares e não está necessariamente ligada a um déficit calórico para promover o emagrecimento.
“Entre os maiores benefícios podemos destacar uma melhora na saúde cardiovascular”, explica a nutricionista Juliana Signorini. A dieta flexitariana ganhou destaque porque consiste em uma junção de dieta flexível com dieta vegetariana. Trata-se de uma dieta focada em proteínas vegetais, mas que não restringe totalmente o consumo de alimentos de origem animal. Por isso, é mais flexível do que dietas totalmente vegetarianas ou veganas, o que a torna mais fácil de seguir e de manter ao longo do tempo. Ambas proporcionam benefícios à saúde quando introduzidas por um profissional habilitado quanto a sua prescrição. O nutricionista com seu olhar técnico proporciona uma escolha mais assertiva da estratégia nutricional mais adequada ao paciente.
As Fake News do emagrecimento
Para a nutricionista, existem “mitos” que cercam o processo de emagrecimento, dentre eles podemos destacar a exclusão dos carboidratos na alimentação, atribuindo a eles causa exclusiva ao ganho de peso; outra questão muito comentada recentemente foi sobre as frutas, atribuindo a frutose ao ganho de peso e até mesmo a problemas no fígado.
“A frutose natural advinda das frutas não é responsável por nenhum desses fatos, mas sim a frutose artificial, contida nos produtos industrializados”, afirma a profissional.
E, por último, e mais preocupante de todas as desinformações é que para perder mais peso a dieta precisa ser mais restritiva. “A restrição se baseia em uma dieta de baixíssima quantidade de calorias ingeridas ao longo do dia e, dessa forma, basicamente o que se perde é água e massa muscular, e não massa adiposa”, conta Juliana.
“Estupro Alimentar”: a expressão equivocada utilizada por uma digital influencer
Alguns dos mitos citados nesta matéria originam as “dietas da moda”, incentivando padrões alimentares sem embasamento científico e criando relações equivocadas com a alimentação, fato visto recentemente sobre a analogia feita por uma influencer na área de emagrecimento entre um estupro e comer algo que não está dentro do planejado em dieta.
De acordo com a nutricionista Juliana, isso pode acentuar a sensação de culpa e ocasionar ou agravar os transtornos alimentares nas pessoas que não tem uma boa relação com a alimentação. “A grande e única verdade sobre o emagrecimento é que devemos promover uma mudança no estilo de vida como um todo, alimentando-se de forma saudável e praticando atividade física. Buscar equilíbrio garante a adesão e manutenção da dieta. E isso somente um profissional habilitado é capaz de proporcionar”, finaliza.
Dra Juliana Paola Signorini
Especializações: Nutrição Esportiva, Emagrecimento e Fitoterapia.
Contato: (11) 98163-6011
Redes sociais: @julianapaolanutri