A aromaterapia, prática que utiliza as substâncias produzidas pelas plantas, os óleos essenciais, foi reconhecida pelo Ministério da Saúde como prática terapêutica complementar a outros tratamentos (Práticas Integrativas Complementares – PICs). Os óleos se tornaram cada vez mais procurados devido as suas propriedades naturais, que proporcionam bem-estar físico e emocional, e, segundo pesquisa recente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), também podem auxiliar no autocuidado durante a pandemia.
Os óleos essenciais são utilizados em terapias integrativas e como aliados até mesmo em tempos de coronavírus por causa dos seus componentes químicos e energéticos, que auxiliam no fortalecimento e equilíbrio vital. Através da aromaterapia, as substâncias presentes no aroma são inaladas e atingem o Sistema Nervoso Central, onde produzem respostas na atividade das ondas cerebrais.
Para o bem-estar mental e emocional
Um dos grandes pilares da aromaterapia está em proporcionar bem-estar mental e emocional, podendo ser utilizada inclusive para integrar a melhora de quadros de ansiedade e depressão, junto ao tratamento convencional de um profissional. “Os óleos recomendados neste caso são os de camomilas, gerânio, ylang ylang, bergamota, laranja, limão, tangerina, bétula e canela. Eles têm propriedades químicas que atuam no cérebro, mais precisamente no sistema límbico, estimulando a memória, o humor e a autoestima, e auxiliando nos cuidados e manutenção da saúde emocional e mental, principalmente num momento em que a pandemia vem desestabilizando muitas pessoas que estão confinadas em casa”, explica Carla Dantas, da Phytoterápica.
Para atenuar os sintomas físicos do Coronavírus
A ação dos componentes também pode ajudar na questão física, tanto para ajudar a reforçar a imunidade, quanto para auxiliar a amenizar sintomas e sequelas do Coronavírus. No primeiro caso os óleos essenciais agem no sistema imunológico, realizando uma atividade antisséptica frente aos agentes etiológicos ou o aumento das células imunológicas. Alguns exemplos desses óleos são o tea tree, cravo, olíbano e o eucalipto-glóbulos.
Um estudo recente da USP com 750 pacientes mostrou que 60% das pessoas que tiveram Covid continuam com sequelas mesmo após um ano do contágio. É aí que pode entrar a aromaterapia, que ajuda a amenizar sintomas e sequelas como fadiga, perda de olfato e do paladar, dores musculares e queda de cabelo. “Entre os óleos essenciais que ajudam na reabilitação desses sintomas estão: Alecrim, hortelã-pimenta, eucalipto-glóbulos e tomilho. Eles percorrem o trato respiratório com efeito tópico imediato e posteriormente são absorvidos pela corrente sanguínea”.
Vale lembrar que não é aconselhável substituir o tratamento convencional com um médico, e sim integrar o uso dos óleos essenciais de acordo com os resultados que se deseja alcançar. “É possível usar pontualmente um óleo essencial ou ter o acompanhamento de um aromaterapeuta, pois esse profissional irá analisar uma ficha do paciente para indicar o óleo mais adequado, o tempo de uso e a concentração necessária”, finaliza.