Na política, representatividade feminina cresce

A representatividade feminina na política é crucial para garantir a diversidade de perspectivas, promover a igualdade de gênero e assegurar que as políticas públicas reflitam as necessidades e interesses de toda a sociedade

Algumas cidades da Grande SP estão com as mulheres em alta nas pesquisas. Isso não quer dizer que elas já ganharam a eleição. Mas, talvez, pela primeira vez, as mulheres estejam equiparando aos homens e com chances reais de levarem o pleito. Cotia, Vargem Grande Paulista, Itapevi e Embu das Artes são cidades com candidatas mulheres.

Em Cotia, Cida Aires (PSOL) e Ângela Maluf (PSD) estão no páreo. Em Vargem Grande, Larissa Canavez (PL) cresce nas pesquisas. Camila Godoi (PSB) aparece em segundo lugar em Itapevi, assim como Rosângela Santos (PT) em Embu das Artes

A Justiça Eleitoral estreou uma campanha de incentivo, valorização e respeito às mulheres no meio político. Com o slogan “Mulher na política é outra história”, a ação foi veiculada nas emissoras de rádio e televisão. A campanha também está disponível no canal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no YouTube e nas redes sociais. No vídeo, mulheres de diferentes idades manifestam opiniões sobre direito ao voto, representatividade e violência política de gênero. A peça também apresenta informações como o ano em que ocorreu o primeiro voto feminino (1932), a quantidade de cidades que não elegeram vereadoras em 2020 (846) e dados sobre registros de violência política de gênero – sete casos por mês, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O Ministério Público Federal (MPF) defendeu a necessidade de um esforço conjunto de todos os atores do processo eleitoral – partidos, órgãos públicos, candidatos e sociedade – no combate à violência política de gênero, sobretudo diante da proximidade das eleições municipais. A prática, considerada crime pelo Código Eleitoral, afasta mulheres da política e compromete a representatividade.

Dados das Eleições Municipais de 2024 divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que as mulheres representam a maioria do eleitorado brasileiro: 81.806.914 eleitoras, o que equivale a 52,47% do total. Os homens, por sua vez, totalizam 74.076.997 eleitores (47,51%). Um pequeno percentual, 0,02%, correspondente a 28.769 pessoas, não informou o sexo. Esses números refletem a importância das mulheres no processo eleitoral.

Mínimo por partido

Os partidos políticos devem se comprometer a ter um mínimo de 30% de candidaturas femininas viáveis e com pretensão de disputa nas eleições proporcionais durante todas as fases do processo eleitoral. Segundo a representante da ONU Mulheres, Cecília Alemany, 30% das mulheres na América Latina reduziram sua presença política nas mídias sociais por causa da violência digital.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Como denunciar violência política de gênero?

Hoje, é crime eleitoral “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo” (crime de violência política contra as mulheres – art. 326-B do Código Eleitoral).

https://www.tse.jus.br/servicos-eleitorais/denuncias/canal-de-denuncias-para-violencia-politica-de-genero

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