Michel Teló: O cara do interior que conquistou o Brasil

Você pode até não gostar de sertanejo, mas temos certeza que já cantarolou “Ai se eu te pego”. E a responsabilidade dessa música chiclete, sucesso no mundo todo, é de um cara um tanto caipira, sotaque carregado e olhar de menino sapeca.

Ele mesmo, Michel Teló.

Nascido na cidade paranaense de Medianeira, mas criado no Mato Grosso do Sul, Teló começou sua carreira muito antes da música acima estourar. Na verdade, cantar está no DNA. A numerosa família – são 11 tios por parte de mãe e 12 por parte de pai, tem muitos cantores, desde os dois avôs, que cantavam muito bem.

Em 1994 Teló começou a sentir o gostinho da fama, com o grupo Tradição, onde era vocalista. Foram 12 anos se apresentando, especialmente no interiorzão, até tomar a decisão de se aventurar sozinho. E não foi fácil.

Após lançar um álbum em estúdio e outro ao vivo, ainda com uma presença tímida no cenário nacional, se compararmos com hoje, Teló lançou o álbum “Na Balada”, gravado durante a Fugidinha Tour. E foi aí que a chavinha virou. Com tudo!

A música “Ai se eu te pego” ganhou o Brasil e o mundo! Foi número 1 na Billboard Brasil Hot 100, chegando ainda à primeira posição na Alemanha, Espanha e Itália deixando para trás grandes nomes da música mundial como Adele, Rihanna, Lady Gaga, David Guetta e Usher.

Ao longo daquele ano, Teló fez mais de 240 shows, e seu grande sucesso foi cantado em português e outros idiomas, na TV, nas baladas, nas festa de família, nos churrascos da empresa…. De acordo com a Revista Forbes, a turnê Fugidinha Tour foi vista por 17 milhões de pessoas e arrecadou cerca de 18 milhões de reais. Os números exorbitantes não param por aí. “Ai se eu te pego” atingiu o recorde brasileiro com maior número de visualizações do YouTube – 748 milhões de acessos. E pra fechar, também em 2011, foi a décima expressão mais buscada no Google Brasil.

De lá pra cá o sucesso só se consolidou. Teló conseguiu ser reconhecido fora do mundo sertanejo e hoje seu repertório é pop, bem eclético. Gravou duas temporadas para o programa Bem Sertanejo, do global Fantástico, fez teatro, musical e até participou do especial de fim de ano com o rei Roberto Carlos. Jurado do The Voice Brasil, acaba de ser pentacampeão, mostrando todo seu talento pra música, seja ela de qual estilo for.

Mas engana-se quem pensa que o homem só trabalha. Ele é casado com a linda atriz Thais Fersoza e pai dos queridinhos da internet – Melinda e Teodoro, de três e dois anos. É sim um cara família. Além de super pai, Teló faz questão de trabalhar com os irmãos – Teófilo, que é seu empresário, e Teotônio, que atua na área administrativa da carreira do irmão.

Ou seja, tá aí um cara gente boa e talentoso pra caramba! Daqueles que a gente bota o CD no carro pra ouvir, mas que também gostaria de convidar pra bater papo naquele churrasco de domingo. Confira a entrevista exclusiva que Teló concedeu à equipe da TUdo, ainda emocionado após vencer o programa The Voice Brasil pela quinta vez.

Revista TUdo: Você sempre comenta sobre os anos em que “ralou” com o grupo Tradição antes da fama chegar de fato. Em que momento a ficha caiu de que o sucesso estava acontecendo?

Michel Teló: Eu fiquei 12 anos no Tradição antes de decidir sair e recomeçar sozinho. Ninguém me conhecia e eu sabia que era um desafio grande. É um processo sair da zona de conforto.

Eu já tinha lançado Fugidinha, que tinha sido hit em todas as rádios. Mas quando lançamos Ai Se Eu Te Pego e o Cristiano Ronaldo dançou em um jogo, as ligações começaram a cair de paraquedas no meu escritório. Eram muitas, o dia todo, pedindo entrevistas e shows. Os acessos ao nosso canal no Youtube aumentaram, pessoas de outros países acessando o vídeo. Acho que aí entendi que tinha algo diferente.

Quando você lançou “Ai se eu te pego” você já era famoso, né? Mas como essa música mudou sua vida?

O que aconteceu com essa música foi surreal. A gente nunca está preparado para o que aconteceu com ela. E eu sou muito grato por tudo.

E a partir disso, como foi encarar quadro no Fantástico? The Voice?

Bom, o projeto Bem Sertanejo era um sonho que eu tinha. Queria criar algo para contar a história da música sertaneja, com entrevistas, música e participação de quem faz e fez o gênero.

Quando tivemos a ideia de levar o projeto pra Globo, a direção da emissora e do Fantástico abraçaram a ideia e aí desenvolvemos todo o quadro.

Já o The Voice tem sido muito gratificante. Poder dividir experiências com os outros técnicos e ter a oportunidade de conhecer tantos cantores talentosos é uma honra pra mim.

E por falar em The Voice, você acaba de conquistar sua quinta vitória consecutiva, com o vozeirão de Tony Gordon. Qual é a fórmula para encontrar a voz?

Não tem um segredo. Durante o programa eu vou sentindo, vou vendo a reação do público também, o carisma do participante. Acho que se tem um segredo é o coração mesmo. Tive a alegria de fazer escolhas certas até agora. O Tony mesmo, virei a cadeira pra ele nos cinco primeiros segundos quando ele começou a cantar, pude sentir sua energia, alegria, o amor pela música.

 E já que estamos falando de voz, em que momento estamos da música brasileira? O que o público busca e espera?

Acho que o público sempre espera que cada artista cante sua verdade. É o principal caminho.

Você ajudou a música sertaneja a ser mais “pop”. Você acredita que cada vez menos temos gêneros determinados e mais música?

Não sei. Posso falar pelo sertanejo. Ele soube, e ainda sabe, acompanhar o mercado, se modernizar, sabe conversar com outros gêneros e fala das coisas que as pessoas vivem, desde o sertanejo raiz até o mais recente.

Falando um pouco do Michel em casa, seus filhos são um sucesso a cada foto postada. Como você e a Thaís lidam com isso?

As pessoas têm um carinho muito grande comigo e com a minha família e fico muito feliz com isso. Recebemos muita energia positiva e sou grato demais.

E se eles quiserem seguir uma carreira artística? Estimularia?

As crianças amam música, passam o dia cantando, batucando. Eles têm uma mãe que é atriz super talentosa, com a arte na veia, e um pai que ama música, que vive disso. Então, a veia artística eu tenho certeza que eles têm. E, com certeza, se quiserem seguir na arte, vão ter nosso incentivo assim como meus pais me incentivaram muito e foi importante pra mim.

E já que estamos próximos ao Dia das Crianças, o que você e a Thaís consideram fundamental na educação dos seus filhos?

Acho que o maior desafio da gente é criar os filhos preparando pro mundo e pros desafios. Tentamos sempre ter uma conversa direta com eles, mesmo com pouca idade.

O que o Michel de hoje ainda tem do Michel lá de trás, do início da sua carreira?

Sou o mesmo cara simples, que gosta de juntar a família para um churrasco, que gosta de voltar pra casa e estar com meus filhos e que ama o que faz.

E você mantém suas raízes do interior?

Sempre. Gosto de juntar os amigos e a família e fazer uma moda de viola, na frente da churrasqueira, contar causos. Sempre que posso volto a Campo Grande, fico um tempo com minha família.

Você se considera plenamente realizado? O que ainda falta para o Michel Teló conquistar?

Como artista, a gente sempre está buscando novos desafios, novos caminhos, sempre buscando coisas novas. Mas eu sou muito grato por tudo o que conquistei, por tudo o que a música me proporcionou e pela família linda que eu tenho.

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