Por Marcelo Sampaio
Fotos: arquivo pessoal/Marcelo Sampaio
Foram seis horas de viagem desde Salvador até Lençóis, na Chapada Diamantina. Uma viagem de boa, sem pressa, parando para comer e garimpar novidades pelo caminho.
Uma das paradas especiais foi o “Espaço Maria Antônia” onde vivemos uma experiência magnífica gastronômica e de arte.
A chegada na cidade foi impressionante, um céu lindo e rosado, com suas casinhas coloridas e charmosas.
Fomos direto para o “Hotel de Lençóis” onde tivemos nossa primeira hospedagem. Foi paixão a primeira vista.
Nosso hotel arrasou com seu acervo de arte logo de cara, onde meu queixo caiu em cada cantinho daquele local. Um staff simpático num ambiente aconchegante e elegante. Meu quarto era o máximo com conforto absoluto, um jardim interno com piscina e luz natural. Amei!
A gastronomia do hotel arrasou com sabores únicos. Por sinal, a gastronomia da cidade toda arrasa. Provei delícias pra lá de especiais em restaurantes, cafés e bares… gostosuras e mais gostosuras. Destaque para as cozinhas competentes do “Sabor da Serra”, “Cozinha Aberta”, “Corona Lounge Bar”, “Quarar Café”, “Galeria Soleny”, “Canto das Águas” e “Casa da Geléia”.
Depois de tantas delícias, só mesmo as mais sensacionais trilhas com rios, cachoeiras, lagos, pedras e montes estonteantes de lindos para equilibrar o “shape”.
Vivi nesses passeios experiências fora do comum e ultrapassei aqueles que achava que eram os meus limites. Como é maravilhoso ultrapassar limites.
O Sol misturado às chuvas rápidas que refrescavam o dia, foram termômetros para que eu entendesse o quanto eu desejava esses momentos inserido na natureza. Meu coração bateu forte muitas e muitas vezes esses dias diante de tantas emoções e também de tanto cansaço físico com reequilíbrios da mente e do espirito, presentes dessa terra baiana.
Vamos dar destaque para a Cachoeira do Mosquito que conhecemos com o Guia Joaldo da “Cirtur Chapada Diamantina” e o Parque Muritiba com o Condutor “Lúcio Costa Vieira de Moraes”. Palmas e mais palmas a esses exímios profissionais do Turismo.
Conhecer pessoas com histórias diversas que cruzaram o meu caminho é tão gratificante que já faz tudo ter valido a pena. A sensação é a de que todos estavam de coração entregue a cada abraço e papo profundo.
Um estilo de vida tão diferente do meu no dia a dia, mas tão parecido nas intenções e buscas internas. Encontros e mais encontros.
Um Guia chamado Lúcio com sua família de alma aberta foram motivadores do mantra “vale a pena seguir sempre em frente” adocicados com geléia frutadas, doces e apimentadas; (aliás, bem deliciosamente apimentadas).
A arte presente preparada através do barro por muitos poderosos ceramistas locais foram traduções de como é bom viver nesse pedacinho mágico do planeta.
Parei muitos momentos para sentir a água dos rios passarem sobre meu corpo, ouvir o canto de pássaros infinitos, saborear o alimento que a terra fornecia e admirar a mais perfeita natureza que nos foi presenteada e que devemos ser gratos respeitando-a por absoluto.
Fechamos nossa estadia dormindo, descansando e contemplando o todo na singela e poética pousada “Casa Antonia”, onde fomos recebidos por um trio iluminado.
Saí de Lençóis agradecendo cada momento ali vivido, prometendo a mim mesmo, à minha família e a todos que conheci que o retorno seria breve e acompanhado de meu ninho de amor.
Novos encontros surgirão e eu poderei aprender mais e mais com as verdades coloridas desse universo complexo denominado Lençóis.
Paz!