Recentemente, a atriz Bruna Marquezine revelou que sofre da síndrome de impostora. Em uma recente entrevista para o Mamilos Podcast, a atriz contou que essa síndrome a impede de fazer novas amizades. Outras famosas também já assumiram publicamente que sofrem desse problema, como Kate Winslet, atriz Rafa Brites, Jennifer López e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.
Segundo Ester Gomes, especialista em desenvolvimento humano, a síndrome é caracterizada por pessoas que têm tendência à autossabotagem.
“Quem sofre dessa síndrome tem uma avaliação distorcida si. O problema pode afetar qualquer pessoa, mas atinge principalmente as mulheres, tornando-se um grande entrave para o crescimento profissional delas. Apesar de não ser classificada como doença mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é bastante estudada”, explica Ester.
O termo surgiu a primeira vez na década de 70, quando duas psicólogas norte-americanas, Pauline Clance e Suzanne Imes, da Universidade Estadual da Geórgia, fizeram uma pesquisa com cerca de 150 mulheres com bons títulos acadêmicos, que já eram profissionais em suas áreas ou estudantes do ensino superior com excelente histórico escolar. O resultado mostrou que quanto mais respeitadas e bem-sucedidas, mas inseguras e impostoras se sentiam.
“A síndrome pode trazer consequencias como: deixar projetos incompletos, evitar feedbacks para evitar a atenção alheia, culpa, sentimento de incapacidade e comportamento de procrastinação, esse último muito comum, uma vez que é uma espécie de desculpa, pois se as coisas não derem certo, é possível atribuir o fracasso à gestão do tempo e não à ‘total inabilidade’ da ‘impostora”, orienta Ester.
Seja qual for a tendência de comportamentos, a síndrome da impostora pode contribuir para desencadear depressões, burn out, distúrbios no sono ou transtornos de ansiedade. Ester Gomes ensina como lidar com tudo isso:
- Desenvolva o seu autoconhecimento: reconheça suas qualidades e seus valores e, da mesma forma, reflita sobre o que te deixa insatisfeita em si mesma e observe onde você pode melhorar. Trabalhe sua autoconfiança, enxergue que você tem potencial para expandir seus horizontes e ampliar suas habilidades.
- Respeite a sua própria história. As vitórias e as quedas, cada uma delas, foram importantes da mesma maneira para construir quem você é hoje. Não podemos mudar o passado, mas podemos fazer dele aprendizado.
- Cuide do seu bem-estar físico e emocional. Dê atenção à sua saúde, pratique exercícios, alimente-se bem, faça o que mais gosta! Tire um tempo para si mesma. Traga de volta a alegria de viver e sinta orgulho de ser quem você é.
- Apesar do tópico anterior, é importante dizer: quem decide como fazer isso é somente você! Não se prenda às cobranças da sociedade sobre padrões de beleza, se isso não te faz bem. Não se compare a ninguém! Você é maravilhosa do jeito que é!
- Cerque-se de pessoas que te fazem bem. Família? Amigos? Sejam quais forem essas pessoas; se elas estão contigo nos bons e maus momentos, se você sabe que pode contar com elas, cultive esses bons sentimentos!
- Empodere-se e a outras mulheres, pratique a sororidade! Conecte-se consigo mesma, fortaleça-se diariamente. Uma boa autoestima é a chave para que você tenha força para lutar por seus objetivos e realizar seus sonhos com plenitude.