Sem filtro (e com dendê)

Letícia Colin tem dendê em seu DNA. Feminista, decidida e bem sucedida, tanto no amor quanto no trabalho, ela se empodera, diariamente, por meio da prostituta Rosa, sua personagem na novela Segundo Sol, ao ar no horário nobre da Globo. Letícia tem um magnetismo pessoal e é uma mulher à frente do seu tempo, na dramaturgia e na vida real. Juntou os panos com o maridão e diretor de teatro Michel Melamed, e não curte ficar dando satisfações sobre casar ou não na igreja e no civil. “Casar é amar”, diz ela.

Filhos?! Por enquanto dois gatos. Já os bebês estão sendo planejados para um futuro não tão distante. 

Capricorniana, nascida em Santo André, aos 28 anos comemora quase duas décadas de carreira. Foi no Programa Sandy e Júnior que ela engatou a primeira e nunca mais parou. Aliás, sai da frente que lá vem ela. Foram várias novelas, seriados, filmes, sendo indicada para prêmios importantes como “melhor atriz”, como a princesa Leopoldina, e como melhor atriz coadjuvante, no filme Entre Irmãs, na qual vivenciou Lindaura.

Sarada?! Barriga tanquinho mesmo, daquelas de dar inveja branca. Mas a palavra ideal é dedicada. Letícia cuida do corpo com disciplina e foco.

Vai pra musculação feliz da vida, sem aquele peso da obrigação. Aliás, está aí algo que ela curte pacas. Faz parte do dia a dia também a  Ashtanga Yoga, na qual ela pratica por uma hora e meia em meio ao turbilhão de compromissos. “Por causa de Rosa estou me cuidando mais”, conta.

Aliás, os olhos de Letícia brilham só de vê-la falar de sua personagem.
Foi amor á primeira vista.

Ela esteve recentemente no Programa Altas Horas e, nos bastidores, abriu o jogo. “Sempre quis fazer personagens que me tocassem. E nesse momento eu queria muito falar sobre feminismo, de violência contra a mulher e a Rosa me dá a oportunidade de falar sobre tudo isso”.

O bom mesmo é que nas próximas páginas você poderá conhecer mais das duas.

Rosa é toda sua, Letícia.
E vocês… ah… vocês são nossas.

Durante a cena que apareceu sendo expulsa de casa pelo pai machista  Agenor, interpretado pelo ator Roberto Bonfim, Letícia diz que enganou até os pais, José Helio e Analdina no tombo que interpretou. “Eles me ligaram para saber se estava tudo bem”.

Letícia Colin foi uma das que levou a sério a discussão sobre ter poucos atores negros na trama. “A novela se passa na Bahia. E o cenário da Bahia é negro”, afirma.

A irmã mais velha de Letícia tem 20 anos a mais que ela. E, engravidou aos 17, então, Letícia já nasceu sendo titia. Sua sobrinha Carol é dois anos mais velha.

OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES
Clássico de Os Trapalhões com canções de Chico Buarque ganha nova versão com Didi, Dedé, Alinne Moraes, Emílio Dantas e Letícia Colin. O longa estreou este ano, após 35 anos de sua primeira versão.

Revista Tudo: A Rosa tem sido um dos principais destaques de “Segundo Sol”. De que maneira você a define?

Letícia Colin: Rosa é uma baiana de família bem pobre e que está passando por um momento difícil com muitos problemas de relacionamento com o pai, um cara machista, que pertence a outro tempo. Minha personagem é uma mulher que preza muito por independência, autonomia. Ela teve uma passagem pela prostituição. Rosa tem um pensamento feminista, progressista; ela acha que prostituição é uma profissão como outra qualquer. O ponto de vista dela sobre esse trabalho é interessante, se posiciona de uma maneira livre. É, principalmente, olhar para esse assunto com menos hipocrisia, mais coragem de pensar e falar sobre isso.

Ela é uma mulher forte e determinada. Assim como a personagem, você se considera uma feminista?
Sim. Sou feminista. comecei a ler e estudar muito sobre o tema. Precisamos lutar pela igualdade dos direitos e do espaço para a mulher. A mulher não é igual ao homem, não quero dizer que seja mais ou menos, essa é a grande dificuldade de entendimento. Eu tenho pesquisado sobre o assunto porque é uma personagem que pensa muito sobre isso também, mas de um jeito explosivo.

Você se identifica com a personalidade dela?
Eu até tenho determinação para conseguir as coisas que desejo, mas a Rosa é impulsiva demais. Às vezes ela poderia pensar duas vezes antes de falar alguma coisa. Ela evoca essa imagem de Rosa Palmeirão, do Jorge Amado, alguma coisa do arquétipo feminino de guerreira.

Está se tornando uma especialista em sotaques, hein?
O sotaque baiano é muito difícil, mais do que o austríaco, por exemplo. É uma coisa que a gente escuta muito e que, ao mesmo tempo, você acha que conhece, mas não conhece. Temos diversas referências aqui como os artistas baianos. A responsabilidade é maior porque a Bahia está aqui, né? E a Áustria está lá, distante.

Como é a sua rotina para manter o corpo em dia e uma alimentação balanceada?
Estou mais próxima de uma alimentação saudável, cozinhando, conhecendo mais o poder dos alimentos. Essas conquistas estão me deixando feliz. Tenho um personal trainer maravilhoso, tenho malhado bastante, cinco vezes por semana. Nunca foi minha prioridade, mas sempre amei me exercitar. A personagem é exuberante, bela. Por causa de Rosa estou me cuidando mais, bebendo muita água, entendendo sobre vitaminas. Fazer atividade física todo dia exige tempo, organização. Tenho uma equipe de médicos incríveis.

Quais são seus segredinhos de beleza para manter pele e cabelo em dia?

Eu adoro rituais de beleza. Bebo muita água, me hidrato bastante. Gosto de comprar produtinhos em farmácias fora do Brasil, sabe? Estão sempre inventando algo diferente para o cabelo e para a pele.

Você também foi muito elogiada no papel da princesa Leopoldina na novela “Novo Mundo”. Como se sentiu ao viver uma personagem de época?

Foi uma personagem preciosa. Estudando-a, tive a oportunidade de conhecê-la um pouco mais e fiquei admirada. A personagem foi recriada, não exatamente a construção fiel. Contribuímos de uma forma que ficasse dramaturgicamente interessante para a sustentação da personagem.

De que forma foi o processo para compor esse trabalho?

Tive aulas de piano, equitação, caligrafia, etiqueta, História do Brasil. Exige muito. Foi uma preparação dois meses antes de começarmos as gravações da novela.

A caracterização ajuda na encenação?

Essa transformação ajuda sim na hora de atuar. Quando é um personagem diferente é legal me olhar no espelho e ver que estou com outra cara.

E como foi interpretar Karina, protagonista do filme “Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood” no cinema?

Karina era uma personagem bem carismática; fizemos uma versão diferente com uma pegada Rock and Roll. Uma garota contemporânea que tinha uma ligação muito forte com o circo; ela cresceu naquele universo. Nutria um verdadeiro amor pelas atrações do espaço. Na história, ela foi fazer faculdade fora, retornava e descobria que o circo estava enfrentando mil problemas. É até uma situação que vivemos hoje em dia, essa dificuldade de manutenção das artes, é uma crise teatral, cinematográfica… É tudo muito atual. Ela enfrenta essas dificuldades ao lado do Didi e, juntos, desenvolvem uma ideia.

Nesse retorno ela descobre o amor…

Eu amei filmar com Emílio Dantas, um ator que admiro, um amigo querido que arrasa no filme no papel do Frank. Sempre quis fazer um trabalho cantando com ele por conta de seus musicais. Ela já o conhecia quando pequena, ele era uma figura que gostava de brincar. Ao retornar, Karina revisita esses sentimentos de maneira madura, bate de um jeito afetivo, homem e mulher. Ele era o ídolo dela, que fazia truques aéreos, ficando assim em seu imaginário. Tudo tratado de forma delicada.

Você chegou a conversar sobre a personagem com a atriz Lucinha Lins, intérprete do papel na primeira versão em 1981?

Eu reverencio o trabalho da Lucinha que me deu sua benção para o papel. Ela é o máximo, minha amiga. Trabalhamos juntas na novela “Vidas em Jogo” na Record. Foi uma das primeiras pessoas a me dar dicas de canto, me indicando uma professora de música. Tenho uma história muito especial com ela.

Como foi contracenar com Renato Aragão?

Foi maravilhoso, uma honra, emocionante. Fiquei comovida de ser agraciada em trabalhar com ele.

Você aprende algo vivendo as histórias de seus personagens?
A vida é uma continuidade de belos desafios. Desde que comecei a trabalhar, aos oito anos, aprendi muita coisa vivendo meus personagens. Eles nos transformam como ser humano e a melhorarmos como ator. São muitos trabalhos que nos ajudam a desabrochar.

Como é descobrir habilidades como o canto e a dança, além da interpretação?

São oportunidades que me deram e fizeram com que eu descobrisse essas habilidades. Gosto muito de estudar, treinar, me especializar, fazer coisas diferentes.

Qual o seu sentimento enquanto artista, ter a chance de se enveredar com êxito na TV, no teatro e no cinema com trabalhos tão elaborados nessas três linguagens?

Tudo começou de um sonho meu em querer fazer. Eu tenho uma equipe que trabalha muito para que tudo isso aconteça. Minha empresária e assessora fazem um direcionamento da minha carreira juntamente comigo.

Você mora no Rio, mas é paulista. Como é sua relação com as duas cidades?

Verdade, eu moro no Rio, mas adoro trabalhar em São Paulo. Eu nasci em Santo André, tenho muitos amigos na cidade.

Pensa em casar-se numa cerimônia religiosa com o ator Michel Melamed? E o sonho da maternidade está perto de concretizar-se?

Penso numa comemoração, sim. Uma cerimônia com os amigos e familiares próximos. Não na igreja, sou budista. Desde nova sempre soube que seria mãe. Tenho essa sensação que em algum momento isso vai acontecer. Ainda está cedo. O Michel é o homem da minha vida e queremos muito formar uma família.

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